- APRESENTAÇÃO -

O objetivo deste Blog é divulgar projetos, pesquisas, trabalhos, textos que abranjam o pensamento filosofal de diversas áreas e diversos pensadores, disponibilizando-os a quem assim quiser partilhar e precisar para suas próprias investigações e pesquisas. Grato a todos que me ajudaram: Professores, Tutores e Colegas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

SUPRASSUNSÃO E EXPRESSÃO SER-OUTRO EM HEGEL

O QUE É SUPRASSUNSÃO?
Em Hegel, compreendemos que o movimento, o ser/não-ser/devir é o mesmo movimento, tanto do real, como do pensamento. Essa é uma característica do movimento encontrado nos textos hegelianos; Este teria o sentido de preservar e destruir. Assim, as filosofias antigas seriam destruídas, mas incorporadas no pensamento de Hegel e não simplesmente abandonadas. A suprassunção, consoante Hegel, avançaria do inferior para o superior, nunca de forma degenerativa, tal como o espírito. Por exemplo, nós, como alunos trabalhando em grupo, temos nossa própria consciência, todavia, há ainda a consciência do grupo quando se propõe a realizar o presente trabalho, que se suprassume na consciência deixada por Hegel.


O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO SER-OUTRO
Ao se subssumir o seu ser-outro, o um se torna outro. Tudo o que há na Terra tem dentro de si o germe de sua negação para Hegel. A consciência possuí, em Hegel, uma outra consciência de si, gerando um desdobramento, ela pode ter se perdido em si mesmo, pois se encontra em outra consciência, mas também pode ter suprassumido, absorvido o outro, pois se enxerga a si-mesma no outro. Assim, há um avanço, uma evolução dessa primeira consciência quando somam-se uma a outra, deixando de ser uma para converter-se em outra com a somatória de suas sapiências.

O OPOSTO É UM OUTRO? OUTRO INDEPENDENTE? OUTRO DEPENDENTE? OU É OUTRO-DE-SI?

Entendemos que o oposto não é um outro, mas sim um outro-de-si. Ou seja, a consciência-de-si se decompõe em polos; cada extremo uma parte sua, própria e passagem absoluta para o oposto. Entretanto, ainda é consciência de si, cada polo seu, que está fora de si mesma permanece retido em si, ainda é para-si e seu ser-fora-de-si é para ele (outro). Não é outra consciência, esse outro só é para si quando se suprassume, um envolve o outro, e se movimenta, cada um é para si e para o outro simultaneamente, uma essência imediata para si que ao mesmo tempo só é para si através dessa mediação. Eles (consciência e outros) se reconhecem como reconhecendo-se reciprocamente, mantendo sua individualidade em si, da consciência primordial.
A consciência de si é duplicada, o que antes era um, agora é uma unidade dupla, um puro conceito de reconhecimento. O processo inicia com desigualdade de ambas consciências de si, partindo do meio-termo para o extremo, onde os opostos se reconhecem e são reconhecidos.


UM EXTREMO É SÓ O QUE É RECONHECIDO (O SENHOR) O OUTRO É SÓ O QUE RECONHECE (O ESCRAVO). QUEM É DEPENDENTE DE QUEM NESSA RELAÇÃO.

Entendemos que o senhor é o fator dependente. Eis que para ser senhor de alguma coisa, ele necessita daquele que é o seu servo. Para que o senhor seja senhor do escravo, impera que o escravo tenha consciência dessa condição; pois nesse contexto ele vai descobrindo sua própria liberdade, que, no caso, é ser escravo, servir ao senhor. Com isso Hegel destaca que a formação do homem se faz pelo trabalho; não será o senhor que desfrutará de tudo o que constrói, mas o escravo, pois desfruta de sua consciência de poder construir a liberdade que o senhor necessita. O escravo não transforma só a matéria prima, ele se forma em si mediante o trabalho, deixa de ser um objeto para ser um escravo com consciência dessa função, assim tem poder sobre o senhor.
Contemporaneamente falando, imaginemos a condição do contratante de uma obra, um pedreiro. A sua mão-de-obra é escassa. Ele é ruim. O contratante, muito embora perceba essa condição de trabalhador ruim, precisa dele, assim se submete à sua má-vontade e a seu preço em função da necessidade.

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