CARÁTERES SCHOPENHAURIANOS DE FELICIDADE COMO POSSIBILIDADES DE RENÚNCIA AO SUICÍDIO
Autor: Agustavo Caetano dos Reis[1]
Resumo:
Junto à obra de Arthur Schopenhauer Parerga
e paralipomena, em seu Tomo I, mais precisamente no capítulo Aforismos sobre a sabedoria de vida, há
no Capítulo II, intitulado Daquilo que
alguém é, uma parte que é dedicada a demonstrar caminhos para a felicidade
através de condições ou perfis próprios ou ainda inerentes da natureza, que
proporcionam à pessoa um rasgo psicológico específico e raro que a conduz a ser
feliz através da própria personalidade e escolhas sábias, tais como a
manutenção da saúde, isolamento, cultura e algumas renúncias. Tais
especificidades parecem indicar uma fórmula a evitar que o indivíduo ainda
venha a cometer suicídio. Portanto, com base nessas premissas schopenhaurianas,
pretende-se aqui explorar com o critério de identificá-las em seus caráteres e
pontuar as mesmas como sendo ou não orientações capazes de se constituírem em
um norte junto ao mundo representativo.
Palavras-chave:
Schopenhauer; filosofia; felicidade; vida; suicídio
INTRODUÇÃO
Quando nos debruçamos
para a leitura do Capítulo II da obra Parerga e paralipomena I[2], deparamo-nos com uma
espécie de guia filosófico para o bem-viver baseado no que a pessoa tem em si
mesma. Esse apanhado de estudos busca trazer a quem o investiga minuciosamente,
que o importante não é necessariamente o que venha a ocorrer com alguém na sua
vida, mas sim a forma como esse alguém sente esses fatos, assim o grau de
suscetibilidade individual seria o que o capítulo busca expor como premissa
básica: o que alguém é em si mesmo, ou melhor dizendo, a própria personalidade
e a forma como ela se desenvolve, a forma como ela atua junto ao universo
particular de cada um e a forma como inteligentemente se lida com ela é que
contribui de pronto para a felicidade. A maneira como se inicia a avaliação dos
rumos para esse bem-estar pontua por uma via clara e objetiva as variações
contínuas e duradouras de consciência e os efeitos passageiros e ocasionais que
incidem sobre a mesma pessoa, atos tristes ou alegres que nos chegam de fora,
do exterior, são tidos com uma força menor do que os que nos acometem pelo
interior e o conhecer esses meandros é fundamental para a felicidade.
Schopenhauer indica com
parcimônia e clareza essas manifestações influentes do mundo exterior e nelas a
configuração de como a personalidade do indivíduo pode administrar os eventuais
efeitos deletérios advindos de sua interpretação subjetivamente ou como
resultados que não venham a causar dano ou desconforto psicológico algum na
pessoa, o que, normalmente se atribui como efeito colateral a tristeza e em
casos extremos conduz ao suicídio.
MENS SANA IN CORPORE SANO
Valendo-se da máxima de
Juvenal em sua Sát. X, 356, (Cf. PP I, Cap. II, p. 342) onde informa que mente
sadia em corpo sadio é o que há de primário e o que importa para a nossa
felicidade, Schopenhauer começa a tecer o tapete que protegerá o caminhar de um
espinhoso trajeto que é o viver um mundo com tantas adversidades, salientando
que “deveríamos estar muito mais aplicados na sua promoção [mente sã e corpo
são] e conservação do que na posse de bens e honra exteriores” (PP I, Cap. II, p.
342), por se tratarem de conquistas passageiras da vontade que assim que
satisfeitas geram novas necessidades a serem saciadas e com isso, uma oscilação
de humores podem vir a acometer aqueles menos prevenidos intelectualmente e
menos preparados fisicamente.
Em épocas onde a saúde
tomou vultos diferenciados e se tornou um novo movimento mundial de prevenção e
preservação da vida, do bem-estar pessoal e coletivo, Schopenhauer ilustrava já
no Séc. XIX diretrizes sagazes e simples para uma mantença salutar do indivíduo.
Uma doença singela que o seja, pode ser suplantada ou antes mesmo evitada, com
bons cuidados básicos, mas impera a prevenção a fim de que o acometimento doentio
não se aproxime de uma pessoa com hábitos saudáveis. Um reflexo do que hoje em
dia se propaga como cuidados essenciais: higiene e distanciamento de locais
aglomerados. Para essa predisposição é preciso saber e agir. Schopenhauer
indica que a jovialidade do ânimo é uma qualidade muito boa que nos recompensa
instantaneamente. A jovialidade é um atributo que nos torna imediatamente
felizes – ou quando muito, alegres. E aqui as indicações necessárias para esse
trilhar começa (Cf. PP-I, Cap. II, p. 342) na condução de uma mente sadia num
corpo são. Uma mente em condições saudáveis não se entristece a ponto de cair
em processos depressivos. Um corpo em bom funcionamento, evita mazelas externas
que possam comprometer sua imunidade ou criar condições favoráveis às
adversidades. O ânimo, segundo o filósofo, pressupõe-se como uma ferramenta
inteligente para a condução da saúde como um todo. Afinal, como ele bem
destaca,
Quem é alegre tem
sempre razão de sê-lo, ou seja, justamente esta, a de ser alegre. Nada pode
substituir tão perfeitamente qualquer outro bem quanto essa qualidade, enquanto
ela mesma não é substituível por nada. Se alguém é jovem, belo, rico e
estimado, então perguntamos, caso queiramos julgar sua felicidade, se é também
jovial. Se, ao contrário, ele for jovial, então é indiferente se é jovem ou
velho, ereto ou corcunda, pobre ou rico: é feliz. (PP I, Cap. II, p. 342).
ATITUTES
QUE CONDUZEM AO BEM PESSOAL
Seguindo
as prerrogativas do filósofo, a pessoa que busca a felicidade, deve
primeiramente saber que a busca, querer fazer bom uso do princípio de
individuação – usando a seu favor tempo e espaço - e ir à cata dessa mesma
felicidade. Portanto, simbolicamente abrir as portas e janelas para que a
felicidade chegue é uma conduta sábia e prudente (Cf. PP I, Cap. II, p. 342). Os
infortúnios existem e nos assolam a todo instante e Schopenhauer, apesar de ser
visto como um filósofo pessimista, acaba nos alentando ao tocar em temas como a
felicidade e indicar formas de a consegui-la. As desditas podem acarretar o
insucesso e por reflexo, nossa infelicidade que por muitas vezes conduzem a
pessoa a subtrair a própria existência para se livrar do estado desagradável do
sofrer. Por tal, evitar-se todo o excesso e extravagância é um esforço
espiritual consciente. Para tal, Schopenhauer receita: “é preciso ainda fazer,
diariamente, duas horas de exercícios rápidos ao ar livre, tomar frequentemente
banho frio e medidas dietéticas similares” (PP I, Cap. II, p. 343), pois “a vida
consiste em movimento e nele tem sua essência”, (PP I, Cap. II, p. 343) tal como ele
mesmo cita em Aristóteles (De anima,
I, 2) (Cf. PP I, Cap.
II, p.
343). A sedentariedade, ausência de movimento externo (físico, para fora do
intelecto) é uma grande predisposição a um tumulto interno que nasce das
exposições perniciosas do externo, exposições essas que são constantes, apesar
de não serem permanentes. Perturbações que consoante a forma como
inteligentemente ou parvamente lidamos, trazem ou subtraem a felicidade. “O que
nos torna felizes ou infelizes não é o que as coisas são objetiva e realmente,
mas o que são para nós” (PP
I, Cap. II, p. 343 e 344) afirma Schopenhauer.
TEMPERAMENTOS
E CARÁTERES
Como
estamos conferindo, a mantença da saúde é um elemento primordial para a
felicidade. Essa saúde começa na atitude mental correta e inteligente de se
buscar a melhor forma pessoal de atividade e conduta própria para cada caráter
e temperamento. De nada adianta um alguém buscar nadar se teme a água. Puxar
pesos em academias se sua pressão arterial é baixa. Cavalgar se não tem
recursos para tal. Ou seja, o que serve para um campeão não necessariamente
serve para um amador. Essa observação pode ser redundante e até óbvia, mas
muitas pessoas imbuídas de intenções boas, acabam se sabotando ao buscarem
atividades não correlatas com seu próprio caráter ou temperamento.
Schopenhauer, para evitar dissabores ou má interpretação apressada, coloca-nos sabiamente
no melhor caminho da saúde adequado ao tipo individual – por isso a
inteligência é importante. Dessa forma a frustração que se acomete a quem não
consegue realizar as orientações de saúde acima, são evitadas. Para ilustrarmos
pela mão de Schopenhauer alguns desses temperamentos e caráteres, ele pontua
dois grandes tipos de humores que podem auxiliar ou atrapalhar essa jornada,
pontos esses vindos de Platão, quais sejam: expressões de humor ruim e de humor bom
(Cf. PP I, Cap. II, p.
345). Esses tipos de humores acometem as pessoas de suscetibilidades
diferentes, que fazem com que uma se ria de um fato externo ao passo que outra
chore diante do mesmo evento, tanto mais fracos ou mais desagradáveis os sejam
esses fatos. Portanto, os caráteres “sombrios e angustiados, em geral terão de
suportar acidentes e sofrimentos mais imaginários, mas, em contrapartida, menos
reais do que aqueles suportados pelos caráteres joviais e despreocupados” (PP I, Cap. II, p.
345) ilustrando que a imaginação fértil de um caráter de humor ruim, fantasia
um drama onde não o há. Eis aqui uma dica do autoassédio, uma psicosfera mental
densa e pesada que acomete os débeis de opinião que por sua vez chegam a
cometer o suicídio. A chave que livra dessa sina triste está em Schopenhauer:
“(...) quanto maior for o bom humor e a saúde que a sustenta, tanto mais grave
tem de ser o motivo que provoca o suicídio” (PP I, Cap. II, p. 346), ou seja, é
preciso que muita coisa grave e terrível ocorra para arranhar o bom humor de
quem se propõe ao bem viver.
SUICÍDIO
E AS FORÇAS CONDUTORAS
Para Schopenhauer, ao que
nos parece, a felicidade conduzida com humores sábios e inteligentes fazem com
que o suicídio não deixe de ocorrer, mas sim seja pelo menos reduzido. No
âmbito dos humores (bons e ruins) evidentemente os que são assolados por um
estado de mau humor, tudo verão com grandes dificuldades e esse sofrer
constante e diário ocasionados pelas pessoas más, revezes comercias,
relacionamentos fracassados, incapacidades intelectuais, - ou seja, fatores
externos – podem conduzir mais facilmente alguém a buscar alívio na morte. Mas
o saber, ou seja, a instrução, o conhecimento, fazem com que a pessoa perceba
que evitar essas suscetibilidades externas é um esforço do espírito consciente
que gera uma ausência de sensações e de excitabilidades que minimizam as dores
e aflições: “Com efeito, a obtusidade do espírito está, em geral, associada à
da sensação e à ausência de excitabilidade, qualidades que tornam o indivíduo
menos suscetível às dores e aflições de qualquer tipo e intensidade.” (PP I, Cap. II, p.
347), podemos entender isso como uma conduta atenta, de atenção focada que permite
se desviar de comoções intensas que possam vir a desequilibrar o estado
emocional de uma pessoa cujo caráter seja mais suscetível a pesares.
Ocorre um efeito
colateral muito interessante dessa condição. A inteligência quanto mais
intensificada é possui em si uma maior percepção sensível da própria vontade, o
que resultaria numa afetação também sensível e mais elevada ainda das dores
espirituais (ou mesmo físicas) (Cf.
PP I, Cap. II, p. 348). Por tal, ele assevera que um dos
cuidados ainda está alocado no se prevenir de “(...) todo excesso e toda
extravagância, movimento de ânimo veemente e desagradável, além de todo esforço espiritual demasiado grande ou duradouro.” (PP I, Cap. II, p. 343 – grifo nosso),
condutas que, como vimos acima, podem acarretar em alguém de caráter
tipicamente de humor ruim estados
emocionais abaláveis. O equilíbrio é um caminho centrado.
POSSÍVEL
SOLUÇÃO AO SUICÍDIO E MANTENÇA DA FELICIDADE
Segundo o filósofo em seu
texto, um ser humano inteligente saberá procurar uma existência livre de
assédios exteriores que possam carrear dores e sofreres. Por tal, uma vida
tranquila e serena é a opção mais acertada e assim sendo a renúncia social no
caso dos grandes espíritos conduzem à solidão. Mas não uma solidão triste ou
depressiva, mas uma opcional, aquela que faz com que o sábio encontre em si
mesmo, numa existência simples, não miserável, o que ele tem em si mesmo como recurso para sua plena
existência. Para isso ele precisa aproveitar inteligentemente o ócio
(platônico) que conduz ao saber constante e não a ausência tediosa que leva ao
sofrer e a constantes necessidades a serem saciadas pela vontade, tal como o
simplório teria, ou ainda, uma fuga de si nas multidões após o cansaço de suas
realizações constantes da vontade. Assim, “o indivíduo toma posse de seu
próprio ‘eu’(...)” (PP
I, Cap. II, p. 350). E mais, “Portanto, cada um deve ser e
proporcionar a si mesmo o melhor e o máximo. Quanto mais for assim e, por
conseguinte, mais encontrar em si mesmo as fontes de seus deleites, tanto mais
será feliz.” (PP I,
Cap. II, p. 351). Como enfatizado anteriormente, não se quer
dizer com isso que o indivíduo precise ser pobre para ser feliz, ou ao
contrário, mas o ser humano para ser feliz urge encontrar através do
conhecimento a riqueza interior que atua no exterior, necessitando
conscientemente do suficiente para evitar problemas e dissabores, ter seu
entretenimento, sua cultura, seu amor. Não se esperando muito do externo que se
sempre exige necessidades a serem realizadas, dessa forma concretiza com
suficientes recursos o básico sem passar por necessidades exageradas:
equilíbrio.
Muitos são assolados por
seus parentescos, por seu patrimônio herdado que exige muito esforço físico,
mental e espiritual para administrá-lo. Tal esforço mina as energias interiores
e furta do indivíduo a força necessária para o desfrute saudável, criando até
mesmo uma espécie de escravidão de suas posses. Urge que para o bem-estar tenha
um bom convívio conjugal, filial, fraternal. Cansado do ciclo de saciar necessidades,
não terá energia para exercícios do corpo, não terá humor para se rir nos
encontros amistosos, não conseguirá se organizar para manter sua saúde através
de alimentos e nutrientes adequados e quem sabe até sua higiene decaia. Um
círculo vicioso que culmina em dor, doenças, sofrimentos. Chance muito grande
de que no contínuo desse caminho corrompido haja um desfalecimento da vontade
de vida pessoal. Schopenhauer lembra sutilmente que “(...) até o movimento
interior quer ser apoiado pelo exterior.” (PP I, Cap. II, p. 343) nos levando a pensar que os
humores espirituais do interior do ser humano chegam a um momento em que buscam
os movimentos provindos do exterior, do mundo, para desafogar a congestão de
impressões acumuladas. Algo agradável vindo da natureza, das plantas, dos
animais, da pessoa amada, das obras de arte. As impressões negativas excedidas
em constante corrosão interior causam o desgaste emocional que podem, por sua
vez, levar à tristeza e se 9/10 de nossa felicidade depende totalmente da saúde,
o alívio dessas impressões desgastantes dessa força nervosa, dessa
sensibilidade se faz premente e necessário (Cf. PP I, Cap. II, p. 344).
CONCLUSÃO
Muito embora Schopenhauer
cite Aristóteles, observando que “todos os homens eminentes e superiores são
melancólicos” (PP I,
Cap. II, p. 344) reforçado por Cícero “Aristóteles diz que
todos os homens engenhosos são melancólicos” (PP I, Cap. II, p. 344) e ainda por
Shakespeare que entende que a natureza tenha criado tipos específicos, uns
risonhos e outros azedos (Cf,
PP I, Cap. II, p. 344 e 345) temos que o conhecimento
conduz ao saber da forma de lidar com as intempéries do viver. A inteligência
nos faz tomar precauções e não nos enganar facilmente.
Veja-se aqui que o
intelecto, o conhecimento e o ócio são chaves para a felicidade – resumindo-se
sobremaneira o conteúdo do texto. Para se evitar o fastio e o desgosto pela
vida o ser humano depende de condutas inteligentes para administrar seus
humores, consoante seus caráteres. Evitar hostilidades e animosidades, cuidar
de exercitar-se e preservar-se de tumultos, deixar de valorizar dramaticamente o
acometimento circunstâncias. A pobreza e a simplicidade se saciam na fuga de si
junto ao convívio de outros, mas isso não é exatamente sinônimo de felicidade,
pois carregam consigo a sua miséria que cobra necessidades externas a serem
saciadas todos os dias. Isolar-se do convívio social também é um extremo desse
pêndulo. A fuga é um anestésico para essa dor incessante do espírito e por
muitas vezes do corpo. Apenas com o conhecimento intelectual e espiritual se
sabe lidar com a vida (com ou sem recursos financeiros). Um pobre sem intelecto
(conhecimento) é duas vezes mais pobre e pode ou não ser feliz, assim sendo, a
possibilidade de sofrer é maior. Um pobre com intelecto somente é pobre
financeiramente e, quiçá, até mesmo por opção, pode ser muito bem feliz. Ainda
assim, dessa mesma pobreza, com intelecto e conhecimento, consegue amealhar
recursos para construir seu ócio por escolha, seu pequeno paraíso pessoal.
Assim sendo, a escolha pelo suicídio seria reduzida ou quando muito evitada, pois
o mundo (o exterior) ainda oferece coisas para a felicidade ser desfrutada em
vida (no interior).
O homem dotado de
forças intelectuais predominantes, por sua vez, é capaz e até mesmo carece de
participar o mais vivamente possível das coisas pela via do puro conhecimento, sem nenhuma ingerência da vontade. Essa participação, todavia,
coloca-o numa região onde a dor é essencialmente estrangeira, como que na atmosfera
dos deuses de vida serena. (PP I, Cap. II, p. 355).
E mais:
Tal vida intelectual
protege não só contra o tédio, mas também contra suas consequências
perniciosas. Ela é um escudo contra a má companhia e contra os muitos perigos,
infortúnios perdas e dissipações em que se tropeça quando se procura a própria
felicidade apenas no mundo real”. (PP I, Cap. II, p. 357).
Em
uma breve avaliação geral da proposta, o próprio Schopenhauer nos indica Goethe
e ainda Oliver Goldsmith para nos alertar que apenas a nós mesmos compete nosso
bem, nossa felicidade, onde quer que estejamos.
Consequentemente,
vale aqui também o que Goethe expressou de modo geral (Dicht. U. Wahrh. [Poesia e verdade], v. III p. 474), a saber, que
em todas as coisas cada um está entregue, em última instância, a si mesmo (PP
I, Cap. II, p. 350).
Ou
como diz Oliver Goldsmith: “Em todo lugar apenas a nós mesmos consignados,
fazemos ou encontramos nossa própria felicidade.” (PP I, Cap. II, p. 350).
A
felicidade ou a tristeza é a escolha entre a vida e a morte.
BIBLIOGRAFIA
SCHOPENHAUER, A; Parerga y Paralipómena I. Traducción de Pilar López de Santa María.
Madrid: Editorial Trotta, 2009.