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terça-feira, 19 de outubro de 2021

CARÁTERES SCHOPENHAURIANOS DE FELICIDADE COMO POSSIBILIDADES DE RENÚNCIA AO SUICÍDIO

 CARÁTERES SCHOPENHAURIANOS DE FELICIDADE COMO POSSIBILIDADES DE RENÚNCIA AO SUICÍDIO

Autor: Agustavo Caetano dos Reis[1]

 

Resumo: Junto à obra de Arthur Schopenhauer Parerga e paralipomena, em seu Tomo I, mais precisamente no capítulo Aforismos sobre a sabedoria de vida, há no Capítulo II, intitulado Daquilo que alguém é, uma parte que é dedicada a demonstrar caminhos para a felicidade através de condições ou perfis próprios ou ainda inerentes da natureza, que proporcionam à pessoa um rasgo psicológico específico e raro que a conduz a ser feliz através da própria personalidade e escolhas sábias, tais como a manutenção da saúde, isolamento, cultura e algumas renúncias. Tais especificidades parecem indicar uma fórmula a evitar que o indivíduo ainda venha a cometer suicídio. Portanto, com base nessas premissas schopenhaurianas, pretende-se aqui explorar com o critério de identificá-las em seus caráteres e pontuar as mesmas como sendo ou não orientações capazes de se constituírem em um norte junto ao mundo representativo.

 

Palavras-chave: Schopenhauer; filosofia; felicidade; vida; suicídio

 

 

INTRODUÇÃO

Quando nos debruçamos para a leitura do Capítulo II da obra Parerga e paralipomena I[2], deparamo-nos com uma espécie de guia filosófico para o bem-viver baseado no que a pessoa tem em si mesma. Esse apanhado de estudos busca trazer a quem o investiga minuciosamente, que o importante não é necessariamente o que venha a ocorrer com alguém na sua vida, mas sim a forma como esse alguém sente esses fatos, assim o grau de suscetibilidade individual seria o que o capítulo busca expor como premissa básica: o que alguém é em si mesmo, ou melhor dizendo, a própria personalidade e a forma como ela se desenvolve, a forma como ela atua junto ao universo particular de cada um e a forma como inteligentemente se lida com ela é que contribui de pronto para a felicidade. A maneira como se inicia a avaliação dos rumos para esse bem-estar pontua por uma via clara e objetiva as variações contínuas e duradouras de consciência e os efeitos passageiros e ocasionais que incidem sobre a mesma pessoa, atos tristes ou alegres que nos chegam de fora, do exterior, são tidos com uma força menor do que os que nos acometem pelo interior e o conhecer esses meandros é fundamental para a felicidade.

Schopenhauer indica com parcimônia e clareza essas manifestações influentes do mundo exterior e nelas a configuração de como a personalidade do indivíduo pode administrar os eventuais efeitos deletérios advindos de sua interpretação subjetivamente ou como resultados que não venham a causar dano ou desconforto psicológico algum na pessoa, o que, normalmente se atribui como efeito colateral a tristeza e em casos extremos conduz ao suicídio.

 

MENS SANA IN CORPORE SANO

Valendo-se da máxima de Juvenal em sua Sát. X, 356, (Cf. PP I, Cap. II, p. 342) onde informa que mente sadia em corpo sadio é o que há de primário e o que importa para a nossa felicidade, Schopenhauer começa a tecer o tapete que protegerá o caminhar de um espinhoso trajeto que é o viver um mundo com tantas adversidades, salientando que “deveríamos estar muito mais aplicados na sua promoção [mente sã e corpo são] e conservação do que na posse de bens e honra exteriores” (PP I, Cap. II, p. 342), por se tratarem de conquistas passageiras da vontade que assim que satisfeitas geram novas necessidades a serem saciadas e com isso, uma oscilação de humores podem vir a acometer aqueles menos prevenidos intelectualmente e menos preparados fisicamente.

Em épocas onde a saúde tomou vultos diferenciados e se tornou um novo movimento mundial de prevenção e preservação da vida, do bem-estar pessoal e coletivo, Schopenhauer ilustrava já no Séc. XIX diretrizes sagazes e simples para uma mantença salutar do indivíduo. Uma doença singela que o seja, pode ser suplantada ou antes mesmo evitada, com bons cuidados básicos, mas impera a prevenção a fim de que o acometimento doentio não se aproxime de uma pessoa com hábitos saudáveis. Um reflexo do que hoje em dia se propaga como cuidados essenciais: higiene e distanciamento de locais aglomerados. Para essa predisposição é preciso saber e agir. Schopenhauer indica que a jovialidade do ânimo é uma qualidade muito boa que nos recompensa instantaneamente. A jovialidade é um atributo que nos torna imediatamente felizes – ou quando muito, alegres. E aqui as indicações necessárias para esse trilhar começa (Cf. PP-I, Cap. II, p. 342) na condução de uma mente sadia num corpo são. Uma mente em condições saudáveis não se entristece a ponto de cair em processos depressivos. Um corpo em bom funcionamento, evita mazelas externas que possam comprometer sua imunidade ou criar condições favoráveis às adversidades. O ânimo, segundo o filósofo, pressupõe-se como uma ferramenta inteligente para a condução da saúde como um todo. Afinal, como ele bem destaca,

 

Quem é alegre tem sempre razão de sê-lo, ou seja, justamente esta, a de ser alegre. Nada pode substituir tão perfeitamente qualquer outro bem quanto essa qualidade, enquanto ela mesma não é substituível por nada. Se alguém é jovem, belo, rico e estimado, então perguntamos, caso queiramos julgar sua felicidade, se é também jovial. Se, ao contrário, ele for jovial, então é indiferente se é jovem ou velho, ereto ou corcunda, pobre ou rico: é feliz. (PP I, Cap. II, p. 342).

 

ATITUTES QUE CONDUZEM AO BEM PESSOAL

Seguindo as prerrogativas do filósofo, a pessoa que busca a felicidade, deve primeiramente saber que a busca, querer fazer bom uso do princípio de individuação – usando a seu favor tempo e espaço - e ir à cata dessa mesma felicidade. Portanto, simbolicamente abrir as portas e janelas para que a felicidade chegue é uma conduta sábia e prudente (Cf. PP I, Cap. II, p. 342). Os infortúnios existem e nos assolam a todo instante e Schopenhauer, apesar de ser visto como um filósofo pessimista, acaba nos alentando ao tocar em temas como a felicidade e indicar formas de a consegui-la. As desditas podem acarretar o insucesso e por reflexo, nossa infelicidade que por muitas vezes conduzem a pessoa a subtrair a própria existência para se livrar do estado desagradável do sofrer. Por tal, evitar-se todo o excesso e extravagância é um esforço espiritual consciente. Para tal, Schopenhauer receita: “é preciso ainda fazer, diariamente, duas horas de exercícios rápidos ao ar livre, tomar frequentemente banho frio e medidas dietéticas similares” (PP I, Cap. II, p. 343), pois “a vida consiste em movimento e nele tem sua essência”, (PP I, Cap. II, p. 343) tal como ele mesmo cita em Aristóteles (De anima, I, 2) (Cf. PP I, Cap. II, p. 343). A sedentariedade, ausência de movimento externo (físico, para fora do intelecto) é uma grande predisposição a um tumulto interno que nasce das exposições perniciosas do externo, exposições essas que são constantes, apesar de não serem permanentes. Perturbações que consoante a forma como inteligentemente ou parvamente lidamos, trazem ou subtraem a felicidade. “O que nos torna felizes ou infelizes não é o que as coisas são objetiva e realmente, mas o que são para nós” (PP I, Cap. II, p. 343 e 344) afirma Schopenhauer.

 

TEMPERAMENTOS E CARÁTERES

Como estamos conferindo, a mantença da saúde é um elemento primordial para a felicidade. Essa saúde começa na atitude mental correta e inteligente de se buscar a melhor forma pessoal de atividade e conduta própria para cada caráter e temperamento. De nada adianta um alguém buscar nadar se teme a água. Puxar pesos em academias se sua pressão arterial é baixa. Cavalgar se não tem recursos para tal. Ou seja, o que serve para um campeão não necessariamente serve para um amador. Essa observação pode ser redundante e até óbvia, mas muitas pessoas imbuídas de intenções boas, acabam se sabotando ao buscarem atividades não correlatas com seu próprio caráter ou temperamento. Schopenhauer, para evitar dissabores ou má interpretação apressada, coloca-nos sabiamente no melhor caminho da saúde adequado ao tipo individual – por isso a inteligência é importante. Dessa forma a frustração que se acomete a quem não consegue realizar as orientações de saúde acima, são evitadas. Para ilustrarmos pela mão de Schopenhauer alguns desses temperamentos e caráteres, ele pontua dois grandes tipos de humores que podem auxiliar ou atrapalhar essa jornada, pontos esses vindos de Platão, quais sejam: expressões de humor ruim e de humor bom (Cf. PP I, Cap. II, p. 345). Esses tipos de humores acometem as pessoas de suscetibilidades diferentes, que fazem com que uma se ria de um fato externo ao passo que outra chore diante do mesmo evento, tanto mais fracos ou mais desagradáveis os sejam esses fatos. Portanto, os caráteres “sombrios e angustiados, em geral terão de suportar acidentes e sofrimentos mais imaginários, mas, em contrapartida, menos reais do que aqueles suportados pelos caráteres joviais e despreocupados” (PP I, Cap. II, p. 345) ilustrando que a imaginação fértil de um caráter de humor ruim, fantasia um drama onde não o há. Eis aqui uma dica do autoassédio, uma psicosfera mental densa e pesada que acomete os débeis de opinião que por sua vez chegam a cometer o suicídio. A chave que livra dessa sina triste está em Schopenhauer: “(...) quanto maior for o bom humor e a saúde que a sustenta, tanto mais grave tem de ser o motivo que provoca o suicídio” (PP I, Cap. II, p. 346), ou seja, é preciso que muita coisa grave e terrível ocorra para arranhar o bom humor de quem se propõe ao bem viver.

 

SUICÍDIO E AS FORÇAS CONDUTORAS

Para Schopenhauer, ao que nos parece, a felicidade conduzida com humores sábios e inteligentes fazem com que o suicídio não deixe de ocorrer, mas sim seja pelo menos reduzido. No âmbito dos humores (bons e ruins) evidentemente os que são assolados por um estado de mau humor, tudo verão com grandes dificuldades e esse sofrer constante e diário ocasionados pelas pessoas más, revezes comercias, relacionamentos fracassados, incapacidades intelectuais, - ou seja, fatores externos – podem conduzir mais facilmente alguém a buscar alívio na morte. Mas o saber, ou seja, a instrução, o conhecimento, fazem com que a pessoa perceba que evitar essas suscetibilidades externas é um esforço do espírito consciente que gera uma ausência de sensações e de excitabilidades que minimizam as dores e aflições: “Com efeito, a obtusidade do espírito está, em geral, associada à da sensação e à ausência de excitabilidade, qualidades que tornam o indivíduo menos suscetível às dores e aflições de qualquer tipo e intensidade.” (PP I, Cap. II, p. 347), podemos entender isso como uma conduta atenta, de atenção focada que permite se desviar de comoções intensas que possam vir a desequilibrar o estado emocional de uma pessoa cujo caráter seja mais suscetível a pesares.

Ocorre um efeito colateral muito interessante dessa condição. A inteligência quanto mais intensificada é possui em si uma maior percepção sensível da própria vontade, o que resultaria numa afetação também sensível e mais elevada ainda das dores espirituais (ou mesmo físicas) (Cf. PP I, Cap. II, p. 348). Por tal, ele assevera que um dos cuidados ainda está alocado no se prevenir de “(...) todo excesso e toda extravagância, movimento de ânimo veemente e desagradável, além de todo esforço espiritual demasiado grande ou duradouro.” (PP I, Cap. II, p. 343 – grifo nosso), condutas que, como vimos acima, podem acarretar em alguém de caráter tipicamente de humor ruim estados emocionais abaláveis. O equilíbrio é um caminho centrado.

 

POSSÍVEL SOLUÇÃO AO SUICÍDIO E MANTENÇA DA FELICIDADE

Segundo o filósofo em seu texto, um ser humano inteligente saberá procurar uma existência livre de assédios exteriores que possam carrear dores e sofreres. Por tal, uma vida tranquila e serena é a opção mais acertada e assim sendo a renúncia social no caso dos grandes espíritos conduzem à solidão. Mas não uma solidão triste ou depressiva, mas uma opcional, aquela que faz com que o sábio encontre em si mesmo, numa existência simples, não miserável, o que ele tem em si mesmo como recurso para sua plena existência. Para isso ele precisa aproveitar inteligentemente o ócio (platônico) que conduz ao saber constante e não a ausência tediosa que leva ao sofrer e a constantes necessidades a serem saciadas pela vontade, tal como o simplório teria, ou ainda, uma fuga de si nas multidões após o cansaço de suas realizações constantes da vontade. Assim, “o indivíduo toma posse de seu próprio ‘eu’(...)” (PP I, Cap. II, p. 350). E mais, “Portanto, cada um deve ser e proporcionar a si mesmo o melhor e o máximo. Quanto mais for assim e, por conseguinte, mais encontrar em si mesmo as fontes de seus deleites, tanto mais será feliz.” (PP I, Cap. II, p. 351). Como enfatizado anteriormente, não se quer dizer com isso que o indivíduo precise ser pobre para ser feliz, ou ao contrário, mas o ser humano para ser feliz urge encontrar através do conhecimento a riqueza interior que atua no exterior, necessitando conscientemente do suficiente para evitar problemas e dissabores, ter seu entretenimento, sua cultura, seu amor. Não se esperando muito do externo que se sempre exige necessidades a serem realizadas, dessa forma concretiza com suficientes recursos o básico sem passar por necessidades exageradas: equilíbrio.

Muitos são assolados por seus parentescos, por seu patrimônio herdado que exige muito esforço físico, mental e espiritual para administrá-lo. Tal esforço mina as energias interiores e furta do indivíduo a força necessária para o desfrute saudável, criando até mesmo uma espécie de escravidão de suas posses. Urge que para o bem-estar tenha um bom convívio conjugal, filial, fraternal. Cansado do ciclo de saciar necessidades, não terá energia para exercícios do corpo, não terá humor para se rir nos encontros amistosos, não conseguirá se organizar para manter sua saúde através de alimentos e nutrientes adequados e quem sabe até sua higiene decaia. Um círculo vicioso que culmina em dor, doenças, sofrimentos. Chance muito grande de que no contínuo desse caminho corrompido haja um desfalecimento da vontade de vida pessoal. Schopenhauer lembra sutilmente que “(...) até o movimento interior quer ser apoiado pelo exterior.” (PP I, Cap. II, p. 343) nos levando a pensar que os humores espirituais do interior do ser humano chegam a um momento em que buscam os movimentos provindos do exterior, do mundo, para desafogar a congestão de impressões acumuladas. Algo agradável vindo da natureza, das plantas, dos animais, da pessoa amada, das obras de arte. As impressões negativas excedidas em constante corrosão interior causam o desgaste emocional que podem, por sua vez, levar à tristeza e se 9/10 de nossa felicidade depende totalmente da saúde, o alívio dessas impressões desgastantes dessa força nervosa, dessa sensibilidade se faz premente e necessário (Cf. PP I, Cap. II, p. 344).

 

CONCLUSÃO

Muito embora Schopenhauer cite Aristóteles, observando que “todos os homens eminentes e superiores são melancólicos” (PP I, Cap. II, p. 344) reforçado por Cícero “Aristóteles diz que todos os homens engenhosos são melancólicos” (PP I, Cap. II, p. 344) e ainda por Shakespeare que entende que a natureza tenha criado tipos específicos, uns risonhos e outros azedos (Cf, PP I, Cap. II, p. 344 e 345) temos que o conhecimento conduz ao saber da forma de lidar com as intempéries do viver. A inteligência nos faz tomar precauções e não nos enganar facilmente.

Veja-se aqui que o intelecto, o conhecimento e o ócio são chaves para a felicidade – resumindo-se sobremaneira o conteúdo do texto. Para se evitar o fastio e o desgosto pela vida o ser humano depende de condutas inteligentes para administrar seus humores, consoante seus caráteres. Evitar hostilidades e animosidades, cuidar de exercitar-se e preservar-se de tumultos, deixar de valorizar dramaticamente o acometimento circunstâncias. A pobreza e a simplicidade se saciam na fuga de si junto ao convívio de outros, mas isso não é exatamente sinônimo de felicidade, pois carregam consigo a sua miséria que cobra necessidades externas a serem saciadas todos os dias. Isolar-se do convívio social também é um extremo desse pêndulo. A fuga é um anestésico para essa dor incessante do espírito e por muitas vezes do corpo. Apenas com o conhecimento intelectual e espiritual se sabe lidar com a vida (com ou sem recursos financeiros). Um pobre sem intelecto (conhecimento) é duas vezes mais pobre e pode ou não ser feliz, assim sendo, a possibilidade de sofrer é maior. Um pobre com intelecto somente é pobre financeiramente e, quiçá, até mesmo por opção, pode ser muito bem feliz. Ainda assim, dessa mesma pobreza, com intelecto e conhecimento, consegue amealhar recursos para construir seu ócio por escolha, seu pequeno paraíso pessoal. Assim sendo, a escolha pelo suicídio seria reduzida ou quando muito evitada, pois o mundo (o exterior) ainda oferece coisas para a felicidade ser desfrutada em vida (no interior).

 

O homem dotado de forças intelectuais predominantes, por sua vez, é capaz e até mesmo carece de participar o mais vivamente possível das coisas pela via do puro conhecimento, sem nenhuma ingerência da vontade. Essa participação, todavia, coloca-o numa região onde a dor é essencialmente estrangeira, como que na atmosfera dos deuses de vida serena. (PP I, Cap. II, p. 355).

E mais:

 

Tal vida intelectual protege não só contra o tédio, mas também contra suas consequências perniciosas. Ela é um escudo contra a má companhia e contra os muitos perigos, infortúnios perdas e dissipações em que se tropeça quando se procura a própria felicidade apenas no mundo real”. (PP I, Cap. II, p. 357).

 

Em uma breve avaliação geral da proposta, o próprio Schopenhauer nos indica Goethe e ainda Oliver Goldsmith para nos alertar que apenas a nós mesmos compete nosso bem, nossa felicidade, onde quer que estejamos.

 

Consequentemente, vale aqui também o que Goethe expressou de modo geral (Dicht. U. Wahrh. [Poesia e verdade], v. III p. 474), a saber, que em todas as coisas cada um está entregue, em última instância, a si mesmo (PP I, Cap. II, p. 350).

 

Ou como diz Oliver Goldsmith: “Em todo lugar apenas a nós mesmos consignados, fazemos ou encontramos nossa própria felicidade.” (PP I, Cap. II, p. 350).

A felicidade ou a tristeza é a escolha entre a vida e a morte.

 

BIBLIOGRAFIA

SCHOPENHAUER, A; Parerga y Paralipómena I. Traducción de Pilar López de Santa María. Madrid: Editorial Trotta, 2009.



[1] Texto apresentado no XIII SEPECH da Universidade Estadual de Londrina-PR. Eixo 10: Vida e subjetividade nas Ciências Humanas e Letras

[2] Doravante passaremos a utilizar a abreviatura PP I para esta obra.