- APRESENTAÇÃO -

O objetivo deste Blog é divulgar projetos, pesquisas, trabalhos, textos que abranjam o pensamento filosofal de diversas áreas e diversos pensadores, disponibilizando-os a quem assim quiser partilhar e precisar para suas próprias investigações e pesquisas. Grato a todos que me ajudaram: Professores, Tutores e Colegas.
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domingo, 9 de outubro de 2011

FORMAÇÃO DOCENTE EM LIBRAS E A DIDÁTICA FILOSÓFICA

Profª Elizabete Renders

Formação Docente

Didática

Pelos processos atuais foi necessária a divisão dos espaços privados e públicos. Na Modernidade isso foi preciso ser construído pelas pessoas, separando as relações familiares que aconteciam na casa, na comunidade.

Na Modernidade e com a urbanização necessita-se distinguir esses espaços e saber que tipos de cidadãos queremos formar.

O Estado surge com um desafio de pensar esse espaço na pedagogição do conhecimento na escola precisa pensar, currículos, espaços de alunos, professores, formação para o trabalho, lideranças, espaços na sociedade.

A didática pensa quais os recursos necessários, técnicas e ferramentas para que o transmitir o conhecimento no espaço marcado da escola, de formatação do que seria desejável para a nação, é que entra a didática, que necessariamente nos remete ao espaço da escola.

A escola nem sempre existiu, à exemplo da didática, mas os processos de formação do conhecimento sempre existiu e isso se dava fora da didática.

Existem processos de didática no cotidiano? Sim, mas o conceito se dá nos processos de pedagogização do conhecimento. Na Modernidade temos o conhecimento como científico, racional, neutro, distante do afazer comum, e destacar-se como verdade, como conhecimento acima dos demais cotidianos da vida.

Esta a tensão que marca a Modernidade nos inquietando sobre o que é o conhecer?

Como vida e conhecimento se relacionam?

ENSINO-APRENDIZAGEM-ENSINO

Envolve:

􀀹Os sujeitos e a conjuntura social;

􀀹Os conteúdos de ensino e os recursos

pedagógicos;

􀀹As intencionalidades de uma sociedade:

habilidades presentes e habilidades desejadas.

Impossível delimitar onde começa o ensinar e onde começa o aprender.

O conhecimento não se dá sem o sujeito e sem o lugar (conjuntura social) que país, estado, escola... Contextualizar esses sujeitos e sua conjuntura em torno.

Depois que sistematiza a educação, precisa-se pensar nos conteúdos e seus recursos pedagógicos. Quais as intenções da sociedade desse ensino em tal sistema. Não a intenção do educador, mas da sociedade.

Quais as habilidades que existem e as que se precisa.

Hoje a ideia é atender a demanda de mercado.

A professora tem sua opinião a respeito do processo de ensino e aprendizagem. Ela não acredita em conhecimento neutro, na divisão clara entre científico e senso-comum e que o professor somente ensine. Mas que o processo de ensinar, exige necessariamente o processo de aprender.

Hugo “Asno” nos desafia a suspeitar das propostas pedagógicas já existentes quando se fala de didática e aprendizagem a partir do conceito de corporeidade. Existe quase que uma coincidência entre os processos cognitivos e os processos existenciais, vitais.

CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS.

Tradicional. Educação “bancária”. Entende que se deposita um conhecimento e pronto. Trata-se a corporeidade na perspectiva da passividade do sujeito, alguém controlável.

É preciso transmitir objetivamente, não há espaço para outras interferências que não a racionalidade. Isto está bem presente na tradicional. Isso daria conta do que é o ser humano? Seria suficiente moldá-lo apenas com repetições.

Comportamentalista/Técnica.

Viés técnico neo-liberal, relacionada ao cliente, ao trabalho eficiente. Ela é comportamentalista, tecnicista, educação de qualidade, mas não de qualidade, com a emancipação do sujeito, apenas para atender a uma demanda de mercado.

Humanista/não diretiva

Trabalha o não diretivo, não direcionar processos de construção de conhecimento, refere-se à pessoa, passam pela subjetividade, pela relacionalidade, desemboca em trabalhos em grupos, interação, livres, onde a pessoa atua autônomamente. O foco é a pessoa.

Cognitivista/construtivista.

Trabalha a corporeidade na perspectiva de um ser racional, as relações sócio ambientais, e as categorias do gênese, processo de conhecimento. Tem ainda o foco na questão racional, que possui processo linear de aprendizagem, previsível a respeito de sua constituição e relação com o meio. Desfoca o professor e foca o aluno e seus processos de construção do conhecimento.

Ético-político

Corpo no social, política, relação de existência e de produção, mentalista, sujeito, consciência. Pedagogicamente, será comunitária, olha a sociedade, perspectiva libertadora, geradora.

Tais abordagens seria suficiente para a abordagem da condição humana? Lidar com a técnica e repetir seria o bastante? Desenvolver a razão basta? Desenvolver a política, suas necessidades matérias é o suficiente?

Que abordagem adoto quando dou aula?

* Sugestão *

Este admirável mundo louco. ROCHA,Ruth. Escola de Vidro.

Como ser também professores dentro do vidro: o sistema!

Cilada do reducionismo, um afirma e outro cala; afirma um e outro nega.

Fugir da didática extremista, fechada.

Uma nova didática, multicultural.

O desafio do momento

"a superação de uma didática

exclusivamente instrumental e a

construção de uma didática fundamental,

na articulação de suas três dimensões:

técnica, humana e política"

(Vera Candau, 1983:23).

O desafio da didática multicultural é “abrir o vidro”, libertar da instrumentalidade prisioneira, sem ser moldado pelo sistema determinado. Pensar o fazer pedagógico que aproxime da vida, que seja espaço da vida.

Ser crítico ao aspecto instrumental da didática não é jogá-la fora, pois pode ser útil. Pode ser útil na elaboração do plano de ensino (geral); planos de aula (específico); execução de ambos.

A didática ajuda a pensar nesses recursos e nas ferramentas adequadas para que o professor não seja barrado no que pretende, e sim ter todas as possibilidades para concretizar com os alunos o que se desejava.

Planejamento das ações

• Plano de ensino

• Disciplina

• Ementa

• Objetivos gerais

• Objetivos específicos

• Conteúdo programático

• Metodologia

• Avaliação(s)

• Recursos didáticos

• Referências Bibliográficas



Muito mais importante que seguir esse esquema, é suspeitar dele, com autonomia, ser coerente com o que se é. Ele ajuda a pensar, é ferramenta de apoio, mas não pode se perder em si mesmo. Deve ser concebido com flexibilidade, imprevistos, rupturas.



Plano de aula

• Tema

• Objetivo geral

• Objetivos específicos

• Desenvolvimento

• Recursos necessários

• Avaliação

• Tarefas

• Referências Bibliográficas



Numa perspectiva micro, é o mesmo do plano de ensino.

O desenvolvimento deve garantir clareza no que se quer transmitir.



Tarefas que transponham a aula (aula seguinte).



O Plano de Ensino e de Aula é uma ferramenta DO PROFESSOR. A aula precisa acontecer. Tem liberdade de brincar com esses elementos dessa ferramenta, desde que não se perca, não se sentir seguro de trabalhar uma aula, um objetivo, não sair dos itens.



“O aluno não está preocupado com nota, e sim com o que está conseguindo! Professora documentário Pro dia nascer feliz."



Existe algo mais além da sala de aula, existem dramas da existência, de relações, mentalidades postas, destinos determinados, este o desafio.



Ficar do lado do sistema ou de uma educação emancipadora é uma dicotomia, é preciso ser flexível, numa condição político-humana.

A didática, em sua instrumentalidade pode ser resumir em sair de um ponto e chegar a outro, sei onde estou, e sei onde vou chegar, mas com quem? Quem vai comigo? Quem está ao meu lado?



É necessário pensar a aproximação da vida com o saber pedagógico.



Construção do conhecimento tem a ver com coincidência entre processos cognitivos e existenciais.



Dimensão humana.

􀀹 “Viver exige, de cada um, lucidez e

compreensão ao mesmo tempo, e , mais

amplamente, a mobilização de todas as

aptidões humanas” (Edgar Morin, 2002:54).

􀀹 “O ensino dever voltar a ser não apenas uma

função, uma especialização, uma profissão,

mas, também, uma tarefa de saúde pública:

uma missão” (Morin, 2002:101)





O ser humano também é caos, emoção, erra, nem sempre é coerente.



Dimensão Política, da didática.

􀀹Relação educação e emancipação social;

􀀹Relação dialética entre consciência e

mundo;

􀀹Educar como ato criador e crítico;

Palavras grávidas de mundo (o que essa palavra comunica, que gera vida, que emancipa)

(Paulo Freire)



Criticidade é fundamental para entender e construir um saber político.



Bem comum na Educação

Como um princípio, destinado ao benefício de todos.

Como transversal, tornar comum, comunicar, comprometimento, mudar com vistas a autonomia compartilhada.



Inclusão no Brasil

Acessos; Libras; atendimento especializado, igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, universalização do acesso à escola.



Em sala de aula é preciso buscar recursos que quebre barreiras e atenda ao aluno que precisa.



A.E.E. – Atendimento Educacional Especializado na escola.



Educação Especial, não há segregação escolar, todas atendem.

Criação de especialistas.

Romper barreiras.



“Teatro é organizar o pensamento.” Atores do Filme com Down.

O foco é a emancipação, possibilitar a todo ser humano de ser mais, abrir horizontes.



Recursos didáticos:

Aula expositiva

Atividade em grupo

Problematização

Narrativas de vida

Dramatização

Pesquisa



Acessibilidade:

• Braile

• Soroban

• Libras

• Texto digital acessível



Reducionismo enquadra o jeito de pensar do sujeito.



O caminho é suspeitar sempre.

Considerar a intenção da didática, seja no sujeito ou no indivíduo.

Perceber se as teorias são limitadoras.

Considerar o século e a sociedade em que vivemos e os desafios a seguir.



Fazer pedagógico como movimento.

bem comumdemocratização

ser mais

Processo:

diferenças

no ensinar e no aprender

compartilhados...

Ponto de chegada:

bem comum -

Democratização ser mais