- APRESENTAÇÃO -

O objetivo deste Blog é divulgar projetos, pesquisas, trabalhos, textos que abranjam o pensamento filosofal de diversas áreas e diversos pensadores, disponibilizando-os a quem assim quiser partilhar e precisar para suas próprias investigações e pesquisas. Grato a todos que me ajudaram: Professores, Tutores e Colegas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ESCOLÁSTICA E SANTO TOMÁS DE AQUINO

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
CAMPUS – EAD – LONDRINA-PR
Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião
Filosofia Licenciatura

AGUSTAVO CAETANO DOS REIS

FILOSOFIA
RELIGIÃO E FILOSOFIA MEDIEVAL

SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
2010
AGUSTAVO CAETANO DOS REIS - Nº 161062

FILOSOFIA
RELIGIÃO E FILOSOFIA MEDIEVAL

Trabalho apresentado ao módulo Religião e Filosofia Medieval à atividade: Portfolio, Escolástica e Santo Tomás de Aquino. Em cumprimento às exigências do curso de Licenciatura em Filosofia, da Faculdade Metodista de São Paulo - Polo Londrina.

Professor: Luís Fernando Weffort


SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
2010
SUMÁRIO


1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................................03

2 – APRESENTAÇÃO.............................................................................................................04

3 – CONCLUSÃO....................................................................................................................07

4 - REFERÊNCIAS..................................................................................................................08



INTRODUÇÃO
Thomás de Aquino nos apresenta em sua obra um estudo da alma. Da alma em si mesma.
Elabora considerações e passeia por diversos tipos de analogias para chegar onde pretende. Suas ideias já estão prontas. Sua resposta já é óbvia para ele mesmo. Precisa convencer aqueles que ainda resistem. Faz uso hábil de uma linguagem própria, típica para sua época. Percorre um caminho para depois abandoná-lo sem qualquer escrúpulo ou aviso. Faz analogias diversas entre o corpo e os animais, em especial entre alma e intelecto a ponto de que uma se confunde com o outro. Utiliza-se de palavras que não se encontram em dicionários filosóficos, tal como “inteligir”, onde, segundo Aristóteles, “é ser movido”.
Fica evidente sua valorização do racionalismo aristotélico e a defesa em prol de Agostinho, eis que é exatamente a tentativa de conciliar o pensamento aristotélico e neoplatônico aos textos da bíblia sua meta; busca criar uma espécie de “filosofia do Ser” via fé, mas trilhando os caminhos tortuosos de uma teologia “científica”.
Em sua Suma teológica, que tem a pretensão de ser a síntese, o resumo do que se discute a respeito da fé, da alma, da natureza de deus, de Jesus, questões morais, Thomás conseguiu, pelo menos para a visão cristã, um corpo de doutrina que acabou se tornando uma das bases dogmáticas da igreja católica. Foi tão apreciada pelos religiosos cristãos que o Papa Pio XI a considerou o “céu visto da terra” onde se poderia saciar a sede da verdade.
Assim, no tópico sugerido pelo Professor, (Quest. LXXXV – Da alma em si mesma.) ele consegue se utilizar de outros pensamentos filosofais para embasar o início de seu próprio pensamento e assim vai fracionando a consideração em duas, depois em três, e depois em sete partes.
Ateremos-nos apenas às duas primeiras partes do primeiro ponto que ele dividiu em duas considerações: da alma em si mesmo e da sua união com o corpo.


APRESENTAÇÃO
De início o autor da Suma alerta que somente ao teólogo é possível considerar as coisas da alma – ou seja, nenhum outro pensador o pode. E quanto ao corpo, outros até podem tecer suas considerações, todavia, também é de propriedade do teólogo analisar o corpo sob o que concerne à alma. Assim ele inicia sua defesa sobre “se a alma é corpo”.
Sabiamente sempre inicia suas preleções com o termo “parece”, a fim de evitar constrangimentos logo de cara ao afirmar categoricamente esta ou aquela posição.
No primeiro momento ele deixa evidente que a alma é corpo, após fazer uma alusão a um motor que não seja movido, portanto, se todo motor é movido, logo o corpo também é movido, então a alma, por sua vez, também. Logo ele já busca tentativas de separar o corpo do incorpóreo, quando diz que “a alma não fosse corpo não poderia conhecer as coisas corpóreas”. Logo abaixo, no item 3, deixa de lado os cuidados e sentencia que “como a alma move o corpo, resulta que não é corpo”.
Busca apoio em seu antepassado Agostinho, o qual defende que a alma é o primeiro princípio da vida de todos os seres vivos, estendendo o leque para todos os seres animados para logo em seguida excluir os que são inanimados para a categoria dos que não têm vida. Portanto, segundo Agostinho e o próprio Thomás, as plantas, por serem inanimados, por não terem movimento, não têm vida!
Em sua ânsia de trazer novos exemplos para sustentar sua tese, Thomás de Aquino critica os filósofos antigos que consideravam a alma como certo corpo e explica que “a alma não é um princípio qualquer da operação vital”, e a compara agora com os olhos, numa tentativa estranha e forçada.
Em seguida, preocupado com o rumo de sua explanação vai tomando, mas ciente de que está na trilha certa, magistralmente elimina os animais da lista dos seres que possuiriam alma, valendo-se do pressuposto que os animais só têm o coração como princípio de vida. Assim, a alma não é corpo, mas o ato dele. Deixando-nos a pensar se então o princípio da alma seria o próprio corpo. Evidencia-se a diferença de uma análise lógica e racional, isenta de parcialidade religiosa, para uma repleta de tendências e focos.
Ainda buscando analogias simplistas e não querendo confundir quem tivesse acesso à sua obra, o autor continua usando o exemplo do motor para explicar a alma e sua distinção dela com o corpo, eis que o corpo é um motor distinto que não se move por si, ao passo que a alma pode ser movida por “acidente”.
De novo busca menosprezar os pensadores da antiguidade que se valiam da observação da natureza para desmerecer suas descobertas a respeito de suas investigações, alertando que os mesmos não sabiam distinguir sequer entre ato e potência e por isso acreditavam que a alma era sim corpo.
Depois, de forma breve e magistralmente sucinta, ele avalia quantidade com virtude, destacando que a quantidade é coisa tangível apenas para o corpo ao passo que virtude apenas pode ser alcançada por seres incorpóreos. Para quem lê como um preguiçoso investigador religioso, pode parecer bom de momento algo assim tão breve, mas não podemos esquecer que a quantidade pode ser comparada com os diversos tipos de virtudes.
Agora, Thomás de Aquino quer saber – ou provar – se a alma vive por si só, ou em termos técnicos, se ela subsiste.
Sempre tomando a defensiva, inicia sua tese pelo “parece”, e o faz de forma tal que a pergunta seja feita pelo lado contrário de seus prognósticos, ou ainda, uma afirmação negativa.
Agora ele começa com certa miscelânea entre corpo e alma, onde até então, acima, defendia-se que alma era uma coisa e corpo era outra, ele destaca de forma clara que alma é um composto entre corpo e alma e por ser uma mistura de corpo, que é finito, não pode ser subsistente, eis que tudo o que subsiste pode ser considerado capaz de realizar algo, e a alma não é assim. (Antes ela movia o corpo, agora não o faz mais). Busca amparo, perspicazmente, em outro filósofo para alertar que se a alma tivesse sentimento ou capacidade de operar, seria o mesmo que dizer que ela teria condições para construir coisas. E, segundo Thomás, a alma não é algo de subsistente exatamente por não ter essas virtudes, independentemente do corpo.
Então, sabiamente, depois de toda derrocada apresentada contrária a subsistência da alma, invoca a “alma” de Agostinho novamente, o qual era contrário a esse pensamento, dizendo que a natureza da mente humana também não pode ser vista, mas é substância, todavia, não-corpórea, ou seja, a mente só atua através do corpo, mas não é corpo, a mente por si só subsiste... Como foi Agostinho quem o disse, está dito, inquestionável, por tal, Thomás agora dá um revés em sua linha de raciocínio para defender que a natureza da alma humana não é corpórea e de uma tacada só, afirma ser também subsistente.
Assim sendo, comparando-se à vontade coisas para se chegar onde quer, mantém o exemplo de que o princípio intelectual não tem natureza de corpo algum, e, portanto, não pode conhecer todos os corpos, e assim sendo, impossível que o intelecto seja um corpo. Depois, em sua solução, mistura princípio intelectual com alma ou intelecto, deixando claro que ele tem uma operação própria – acima vimos que a alma não poderia operar – e só pode operar aquilo que subsiste, Logo, a mente, o intelecto ou ainda a alma humana (por que diferenciar alma humana, já que os animais, plantas e objetos não a tem?) é algo sem corpo e que vive por si só! Ora, de onde viriam essas conclusões? De Aristóteles? De Dionísio? De deus? Se até então a alma não podia agir ou operar sem um corpo que refletisse sua manifestação ou ainda seus atos, como poderia a alma ser subsistente? Incorpórea até podemos aceitar, mas com as frágeis demonstrações nada empíricas e menos ainda epistemológicas e totalmente tendenciosas, fica difícil em especial porque adiante em suas respostas ele agora entende de forma diferente – fica em cima do muro.
A alma humana, sendo parte da espécie humana, pode ser considerada um ser específico, em assim sendo, seria algo quase subsistente(!) entendida como qualquer subsistente, de onde estaria excluída a inerência acidental; o segundo seria o composto de alma e corpo, ou ainda um subsistente completo da natureza, de onde estaria excluída a perfeição da parte. Aqui a alma passa a ter novos critérios, ela chega a ser quase subsistente e/ou composta, ou ainda, corpórea... Difícil? Para uma mente livre talvez.
Resultado, efetivamente não consegui definir se alma humana é subsistente ou não, segundo Thomás de Aquino.


CONCLUSÃO
Conclui Thomás, apoiando-se em Aristóteles, ou, como muitos dizem, batizando-o, ao alegar que o homem só é inteligente ou usa seu raciocínio por força da alma; em assim sendo, o fato de precisar de um corpo não impede que ela (alma, intelecto) seja subsistente diferenciando-o novamente do animal, que precisa dos órgãos para sentir. Um deficiente físico, portanto, para Thomás, não teria condições de sentir.
Desfecha dessa superficial análise da obra solicitada, que Thomás de Aquino era um gênio da manipulação. Qualquer um que chegasse àquela época de necessidades culturais religiosas com uma teologia que alcançasse a plebe e a elite – mesmo que a plebe sequer soubesse ler – seria adotado como um santo pela igreja e sugado até seu último sopro de vida em favor de suas ideologias. Talvez, Thomás de Aquino que foi chamado o mais sábio dos santos e o mais santo dos sábios, que tinha sido um padre dominicano, teólogo, distinto expoente da escolástica, proclamado santo e cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica, não esperasse tanto, não esperasse uma revolução, sistematizar o conhecimento teológico e filosófico de sua época.


REFERÊNCIAS

AQUINO, Tomás de. Suma teológica. Trecho: Quest. LXXV, Da alma em si mesma. Artigo 1 e Artigo 2, texto oferecido pelo Professor: Luís Fernando Weffort, Disponível em: http://www.4shared.com/file/89169063/e1c043a0/SumaQ75.html. Acesso em 08 abr 2010.
GUIA DE ESTUDOS. Universidade Metodista de São Paulo. Ed. do Autor. São Bernardo do Campo-SP., 2010. 112 p.
SUMA TEOLÓGICA. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Suma_Teol%C3%B3gica. Acesso em: 10 abr 2010.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

HEGEL E A REALIZAÇÃO DA METAFÍSICA.

UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
CAMPUS – EAD – LONDRINA-PR
Faculdade de Filosofia e Ciências da Religião
Filosofia Licenciatura



AGUSTAVO CAETANO DOS REIS



FILOSOFIA
RELIGIÃO E FILOSOFIA MEDIEVAL


SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
2010
AGUSTAVO CAETANO DOS REIS - Nº 161062




FILOSOFIA
RELIGIÃO E FILOSOFIA MEDIEVAL

Trabalho apresentado ao módulo Religião e Filosofia Medieval à atividade: Portfolio, Hegel e a Realização Plena da Metafísica. Em cumprimento às exigências do curso de Licenciatura em Filosofia, da Faculdade Metodista de São Paulo - Polo Londrina.

Professor: Luís Fernando Weffort



SÃO BERNARDO DO CAMPO-SP
2010
SUMÁRIO


1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................................03

2 – APRESENTAÇÃO.............................................................................................................04

3 – CONCLUSÃO....................................................................................................................05

4 - REFERÊNCIAS..................................................................................................................06







INTRODUÇÃO

Apresenta-se como proposta de atividade, a síntese do texto “O primeiro início da filosofia” item: “Hegel e a realização plena da metafísica”, exposição entre quinze e vinte linhas.



APRESENTAÇÃO

Imagino que o “autor” a que se refere o pedido, seja o autor do texto do Guia de Estudos, o Professor Pires. Da leitura de seu trabalho, observa-se que ele busca ilustrar seu foco demonstrando o quanto Martin Heidegger (1889-1976) e Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831) se dedicaram a pesquisar se efetivamente há ou não uma separação ou ainda uma junção entre metafísica, ontologia e teologia dentro da ramificação da filosofia.
Consoante o autor nos apresenta, Heidegger, um dos renomes do pensamento filosófico do século XX, passou por um conflito de posição. Ora defendeu a fundição entre teologia e ontologia como áreas que se dedicam a estudar o ente e deus numa mesma sintonia ambígua, tal como na Idade Antiga já propunha o discípulo de Platão, Aristóteles, ora mudou de postura ao passar a defender que essa proximidade não era tamanha a ponto de se misturarem. Uma atitude digna de ser vista com honra, não pela defesa, mas pela coragem de mudar.



CONCLUSÃO

O autor nos mostra que, além da tortuosa jornada a busca maior ainda continuava apoiada na filosofia e a base de suas indagações era a VERDADE e a forma de se ter certeza dela, via consciência absoluta de si e além.
O Professor nos mostra que, tal como Heidegger buscava freneticamente respostas, Hegel também concatenava seu arcabouço na linha metafísica reunindo duas forças; o ENTE mais elevado e a LÓGICA numa jornada que procura manter a cabeça no céu, mas os pés na terra, ou seja, ambas as forças se completam, quando o logos falar de deus, deve usar o logos de deus.


REFERÊNCIA

GUIA DE ESTUDOS – Metafísica, epistemologia e linguagem. Org. Prof. Ms. Daniel Pansarelli.Universidade Metodista de São Paulo. São Bernardo do Campo-SP. 2ª Ed. Ed. do Autor. 112.pp. 2010.